— Tá feliz?
Ela tava me olhando como se sentisse uma enorme vontade de me matar. — Oi?
— Você tá feliz?
— Oshe, porque a pergunta.
— É só uma pergunta cara, responde?
— Ué… acho que tô.
— Acha?
— Ah não.
— Você acha que tá feliz.
— Eu tenho porque tá triste?
...
— Ué, não sei, me diz você Harry, foi eu quem te fiz a pergunta, certo? Certo.
— Caralho mano, tu é chata.
— Conta uma novidade.
— Insuportável.
— Não é novidade.
— Nossa mano.
— Responde cara, você tá feliz?
— Ué (s/n) , eu já não te respondi? — gritei.
Ela se encolheu. — Desculpa. — sussurrou.
— Para de pedir desculpa, enche o saco. — resmunguei.
— Des… — ela mordeu a boca.
Saí do sofá e fui pra cozinha pegar um copo d’água. Voltei e ela continuava paralisada olhando pra TV.
— (s/n)? — não falou nada, mas sabia que ela havia ouvido, não era surda. — Desculpa.
— Pelo quê?
— Ser assim.
— Você não vai mudar.
Levantei as mãos. — Desisto.
— Arram, você sempre desistiu fácil, principalmente quando se tratava de mim. — ela me fuzilou quando disse essas ultimas palavras.
— Ótimo.
— Só uma coisa?
— Hm?
— Um dia eu te fiz uma promessa.
— E dai?
— E dai que essa promessa continha suas palavras, e elas foram: “Promete não me deixar? Nem mesmo uma briga trouxa ou foda pra caramba? Promete não me deixar por absolutamente nada?” E eu respondi: “Prometo”
Fiquei em silêncio e ela suspirou. — É, arram, você sabe disso. — depois apertou as penas contra o peito.
— Nós somos diferentes demais, (s/n).
— Eu sempre soube disso, lá no comecinho.
— Não vai durar.
— Não posso fazer nada se é nisso que você acredita.
— E no que é que você acredita então?
— Em nós. — ela deu um grande ênfase ao nós e aquilo doeu bem no fundo.
Me levantei e beijei a testa dela.
— Onde você vai?
— Pensar…
— Ok, só faz um favor?
— Diz.
— Coloca na tua cabeça que ninguém é igual e que todo mundo, todos os casais do mundo são completamente diferentes e que todos - os de verdade, digo - tem uma, apenas uma coisa em comum. Lembra que esses casais são os que duram. Que os que tem tudo, ou quase tudo, em comum, não tem graça, não duram.
— Mais alguma coisa, senhora?
— Sim, eu sou louca sim, por você, mas o que eu sinto não é doença, é amor. Só… só acredita, ok?
— Ok. — dei as costas e a lágrima caiu.
— Harry? — ela chamou. Tava debruçada no sofá olhando pra mim. — Não é assim que acaba.
— Eu sei. — fitei o chão e suspirei, depois a olhei. — Eu amo você.
Ela sorriu e eu me virei. Eu tava chorando e eu sabia que ela também tava. Eu não sabia o que fazer, não quando o “nós” tava em jogo. Eu não sabia jogar com ela, eu a amava, isso não bastava mas… Isso era tudo.”
...................................................................................................................................................................KK eu estava meio emotiva então ñ liguem .... espero que tenham gostado BJS
#Hellen
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